SOBREVIVENDO AOS ANIMES: KIMI NO NA WA - YOUR NAME

Para mostrar que eu também sou fofo, hoje eu escolhi falar sobre uma das animações japonesas mais aguardadas e comentadas do ano de 2016.

Com vocês Kimi no Na wa: quando nem o espaço-tempo-contínuo da existência e da lógica (vem comigo nessa loucura) pode separar um grande amor. Vai por mim é bonitinho!

A menina Mitsuha e o garoto Taki são dois estudantes do ensino médio que começam a trocar de corpos de forma aleatória, onde de alguma forma acabam vivendo a vida um do outro por um dia, até que o fenômeno se repita. Mitsuha mora no interior calmo do Japão e Taki vive na movimentada Tóquio, os dois acabam criando um laço muito forte ao enfrentarem as dificuldades de ser outra pessoa.

É o filme mais recente do Diretor Makoto Shinkai, que por muitos é considerado o novo Hayao Miyazaki (Princesa Mononoke – 1997; A Viajem de Chihiro – 2001). Eu não gosto deste titulo, pois acredito que ser comparado com alguém tira o mérito de qualquer um. Mas se chamá-lo disso quer dizer que ele é muito bom, eu aceito.

Assim como em outros filmes (5 Centimeters Per Second – 2007; Kotonoha no Niwa – 2013), o diretor mostra um apego aos cenários a aos seus detalhes, é difícil não se encantar com as cidades, a chuva e até com o lápis que o personagem usa; é como se a imagem já fosse o suficiente para contar a história.

O traço dos personagens é simples e não agressivo, numa historia que poderia se perder ao mostrar um menino adolescente dentro do corpo de uma garota.

Acostumado com animes de temporada que tendem a mostrar personagens femininas quase como objetos, me surpreendi com o jeito sensível e engraçado em que essas situações foram mostradas.

A trilha sonora por sua vez é bastante apelativa. Uma história como essa logicamente vai precisar de uma música tema romântica, mas o excesso da mesma no clímax fica bem cansativo e chato em alguns momentos. É praticamente um pedido de choro simultâneo para quem esteja assistindo.

Sobre o enredo, sem spoilers eu posso dizer que é uma bonita história de amor com um pano de fundo (bem de fundo) de ficção-científica.

Por favor, não compare com o brasileiro “Se eu Fosse Você” (2006). Kotonoha no Niwa é mais uma abordagem da Lenda do “Fio vermelho do Destino”, onde pessoas destinadas umas as outras possuem um laço tão forte, que nem a distancia (e o espaço-tempo-contínuo da existência e da lógica) podem separa-las.

Kimi no Na wa é sobre vida, crescimento emocional e principalmente sobre ficar triste. Sempre falando sobre relacionamentos impossíveis e pessoas que sofrem por quem amam, Makoto Shinkai consegue te dar um soco no estômago, mostrando lindas imagens de um mundo triste e bem parecido com a realidade.